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segunda-feira, 24 de novembro de 2014

ODM Cascavel participa de 11° Congresso Cultivando Água Boa (CAB)

         O colegiado Nós Podemos Cascavel/CPCE, participou do Encontros e Caminhos Cultivando Água Boa que aconteceu nos dias 19 e 20 de setembro, com intuito de difundir as boas práticas que elencam com os ODMS 1,2,6,7 e 8.    
  
  O Programa 
            O Cultivando Água Boa (CAB), liderado pela Itaipu Binacional e com a participação de centenas de parceiros do Oeste do Paraná, se consolidou em 2014. Além da adoção da metodologia do CAB em doze micro bacias hidrográficas espalhadas pela América Latina, há outras duas na Espanha, e é crescente o interesse de organismos internacionais e de governos pelo programa. Vários deles estão representados no encontro anual CAB, que teve início nesta quarta-feira (19), em Foz do Iguaçu.
            Para Josefina Maestu, diretora do programa Década da Água da Organização das Nações Unidas (ONU), o CAB chama a atenção pelo “nível de compromisso muito forte” de todos os atores envolvidos.  “É responsabilidade da ONU estar atenta às boas políticas públicas e boas práticas para disponibilizar essas experiências para todos os estados-membros. E estamos recomendando a experiência da Itaipu com o CAB aos governos que nos procuram”, afirmou.
            Josefina Maestu discursa na abertura do CAB 2014: sintonia do programa com os Objetivos do Milênio e com as campanhas da ONU.
            O Parlamento Europeu também está interessado no CAB. A deputada Inés Ayala, que participou nesta terça-feira (18) do Seminário Segurança Hídrica, em Foz, informou que irá apresentar o programa na revisão da Diretiva de Qualidade da Água (um conjunto de objetivos e parâmetros para os países da União Européia em relação à gestão dos recursos hídricos), em 2015.
    “Tínhamos uma Diretiva para o período 2010-15, que agora passará por uma revisão. Creio que há muitas coisas que podemos aprender com esses 11 anos do Água Boa, especialmente em relação à metodologia para ampliar a participação e o empoderamento das comunidades. Outro aspecto importante é a gestão por micro bacias e a maneira como são definidos os papéis dos atores nos projetos de recuperação. Na Europa, temos uma gestão por bacias, mas os papéis não ficam muito claros, inclusive na aplicação de recursos”, explicou.
        “Nesse contexto, o programa CAB surgiu como um elemento com grande potencial integrador dos países do Prata. Hoje, já temos programas semelhantes nas duas outras binacionais da bacia (Yacyretá e Salto Grande) e outros projetos-piloto com metodologia do CAB estão em fase de implantação na Argentina, Paraguai e Uruguai. Agora, queremos ampliar esses projetos”, afirmou Genta, ressaltando que 60% do território da América do Sul pertence às três grandes bacias do continente (do Amazonas, do Orinoco e do Prata), daí a importância da gestão socioambiental desses territórios. No total, seis micro bacias estão sendo trabalhadas por Yacyretá e Salto Grande.
    Segundo Iñigo Bilbao, diretor de Relações Internacionais da Prefeitura de Vitoria-Gastéiz, a metodologia do CAB será aplicada em diversas iniciativas, como a recuperação das margens do Zadorra, na promoção da agroecologia e no cultivo de plantas medicinais, sempre reproduzindo os mesmos critérios de governança em parceria com as comunidades locais, característica principal do programa da Itaipu.
     “Nossas plantas medicinais estão ameaçadas. Estamos criando um banco de germoplasma, junto ao jardim botânico, para poder preservá-las. Acreditamos que com um programa como o do CAB, de incorporar os fitoterápicos ao sistema de saúde, poderemos reforçar isso”, afirmou Bilbao.
    Em 2013, o CAB se tornou uma política de cooperação do governo brasileiro, com apoio da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e Agência Nacional de Águas (ANA). Na época, foi firmado um convênio para replicação da metodologia do CAB junto a oito países ibero-americanos.
            “O CAB é uma ferramenta de engenharia social que integra as comunidades ao meio ambiente. Além disso, é também uma ferramenta que permite conformar o comitê gestor com participação direta dos mais vulneráveis, junto com o setor público e privado”, garante o assessor do Ministério de Energia e Minas e diretor do CAB Guatemala, Yossi Abadi.

 Fonte:http://www.cultivandoaguaboa.com.br/o-programa/como-atuar


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